Translate

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Primeira história, primeiras pistas

Como prometido, este é o primeiro de vários posts sobre as histórias que fazem parte da antologia Winepunk 2013. Um post por história, um post por autor. O objectivo é darem-se pistas, pequenas dicas, sobre o contexto da história e as ideias que inspiraram os autores.

Eugenia é uma teoria que estava particularmente em voga no início do século XX. A noção que a sociedade ideal não contém fraquezas ou debilidades do ponto de vista intelectual, moral e físico, conceito que ainda hoje atrai muitas pessoas, tinha ganho vigor suficiente para vários países terem programas de limpeza genética.  Estratégias como restrições nas autorizações matrimoniais, abortos forçados, segregação, esterilização forçada, eutanásia  e mesmo genocídio foram enquadradas social, politica e legalmente. Os grupos atingidos por este frenesim de rectificação genética institucionalizada incluíam os pobres, os cegos, os surdos, aqueles que tinham alguma falha motora ou mental, as mulheres promiscuas, os homossexuais e certos grupos étnicos ou raciais.

Na realidade, ignorando as considerações humanas e éticas, mesmo em termos puramente genéticos, as doenças e fraquezas podem ser uma vantagem. Por exemplo, a fibrose cística confere resistência à cólera, quando o genótipo individual contém um alelo recessivo.

Mas estes pormenores, que fazem a diferença em argumentos científicos, nada importam perante a desumanização acrescida que a eugenia provocou na sociedade das primeiras décadas do século vinte, já ela bastante displicente em relação aos seres humanos na base da pirâmide social.

E numa guerra, os defeitos podem ser virtudes. Alguém tem de empatar o caminho dos exércitos inimigos até poderem ser implementadas as estratégias delineadas. Alguém que seja dispensável. Alguém que não faça falta à sociedade. Alguém que não é considerado inteiramente humano.

É justo, ou pelo menos adequado, que os sub humanos enfrentem quase humanos numa batalha.



 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

As histórias que vêm aí

Está quase o anúncio das histórias e autores que integrarão a primeira antologia winepunk do mundo. Até esse anúncio iremos dar pequenas pistas sobre aquilo que podem esperar das histórias seleccionadas. Como dissemos anteriormente, há de tudo e para vários gostos, embora seja certo afirmar que não há para todos os gostos.

As histórias são variadas, originais e nenhuma se repete em estilo, linguagem ou abordagem ao universo winepunk. Inclusive, e muito bem, há quem o expanda sem beliscar a cronologia oficial e o retome em datas posteriores com lógica, imaginação e audácia. Há histórias ternas, histórias cínicas, histórias cruéis, histórias pungentes e histórias inqualificáveis. Mas, acima de tudo, há histórias. Há ideias. Há um mundo novo e ainda sobra muito por explorar. A prova disso é que mesmo antes de abrirmos oficialmente o período de submissão para a segunda antologia, que sairá em 2014, já estamos a receber novas sugestões para histórias, sinopses e até amostras das possibilidades de 500 a 1000 palavras. E continua a não existirem repetições ou redundâncias.

Até ao anúncio oficial iremos fazer vários posts no blogue, com pequenas pistas sobre o que esperar das histórias. Na página oficial da Invicta Imaginaria já fizemos isso mesmo, para quatro histórias. Depois do anúncio oficial, iremos publicar excertos das histórias. Podemos garantir, uma vez que as lemos de fio a pavio, que nenhuma delas engana. A atmosfera das primeiras quinhentas palavras é a da história até ao fim e não desilude, embora os finais muitas vezes surpreendam.

Finalmente, comunicamos que a Invicta Imaginaria só lançará três antologias winepunk, em honra aos três anos de duração da Monarquia do Norte no  universo winepunk. Cada antologia terá um título particular, que indica um pouco da natureza da mesma. Os títulos serão tornados públicos no evento onde a primeira antologia será lançada.