João Barreiros Anton
Stark, podemos combinar a utilização de vários bichinhos. Corvo-correio
falante. Cães de guarda/companhia. Morcegos suicidas. E claro, o Kraken
republicano contra o Baleote ambulacrário monárquico. Horror e morte
nas profundidades do Douro. Quem vencerá?
Artur Coelho um corvo falante em português com sotaque nortenho daria ideias para algo do estilo cypherpunk. codetalkers ao estilo do porto
João Barreiros Corvos
que sussurram aos ouvidos da populaça chavões da ideologia monárquica,
porque não? E que "gravam" as conversas revolucionárias/ republicanas
dos dissidentes para depois as despejarem aos ouvidos da policia
deEstado.
João Barreiros Micro
geradores eléctricos com uma roda onde correm ratazanas enlouquecidas
de desejos carnais. Óptimo para todos os lares. Pelo menos à noite
sempre há luz eléctrica e telefonia. Quando as bichas caírem para o
lado, esgotadas, não faz mal, vão-se comprar outras ao Bulhão.
Anton Stark Ninguém
argumentou contra isso, Rogério. Lê o que foi dito. Argumentou-se
contra o vinho apenas, em si mesmo e sem transformações, ser usado como
combustível. Só isso. Ninguém disse nada contra derivados do vinho.
Rogerio Ribeiro Como disse o Luis Melo, penso eu muito bem, num universo partilhado o segredo do sucesso e' procurar soluções para as ideias base. E João Barreiros, para de dar voltas electropunk a isto...
Rogerio Ribeiro Anton Stark, uma sociedade retrograda parece-me ser o terreno ideal para o nascer um elemento punk! Dependera dos autores...
Anton Stark Lá
está Rogério, o que queria dizer é que se criaram as muralhas e temos
de jogar dentro delas. Para haver elemento punk não poderá haver grandes
desvio de um certo número de características, dado que naquele contexto
já sabemos contra o que é que as pessoas se hão de rebelar.
Luis Melo Acho
que se está a falar imenso antes de se saber as directrizes definidas
da coisa em si. Eu continuo a não ver impossibilidades. Teremos os
"powers that be", sejam eles a República ou a Monarquia retrógrada,
temos uma tecnologia (altamente útil para o controlo das massas e
pervasiva por todo o país e continente) e teremos conflitos e
subversões. Tu próprio, Anton, ofereceste uma solução para o problema:
"A não ser que as histórias se foquem em republicanos a tentarem destruir o sistema por dentro (...)"
Mas, mesmo que os "punks" aqui fossem os monárquicos retrógrados, isso poderia dar para fazer uma crítica à República de um ponto de vista preverso de um movimento revolucionário iludido e destinado ao falhanço. "Winepunk is dead e ainda bem" poderia ser a conclusão final, e estou só a especular sem saber, numa caixa de comentários... acho que estás a pensar demasiado em barreiras antes de termos a informação toda...
"A não ser que as histórias se foquem em republicanos a tentarem destruir o sistema por dentro (...)"
Mas, mesmo que os "punks" aqui fossem os monárquicos retrógrados, isso poderia dar para fazer uma crítica à República de um ponto de vista preverso de um movimento revolucionário iludido e destinado ao falhanço. "Winepunk is dead e ainda bem" poderia ser a conclusão final, e estou só a especular sem saber, numa caixa de comentários... acho que estás a pensar demasiado em barreiras antes de termos a informação toda...
Rogerio Ribeiro O
elemento punk advém da reacção contra o caracter retrógado da sociedade
nortenha, contra o desejo vingativo e aniquilador da República
comprometida, contra as tentativas de manipulação e aproveitamento dos
jogos internacionais entre a influência germanófila em queda e a
influência francófona de novo a fazer-se sentir, da manipulação dúbia da
inglaterra, do "mexilhão" que é "fodido" por todas as partes,... chiça,
poderá haver cenário mais promissor para punk?!
Rogerio Ribeiro E,
não será demais dizer, o Vinho do Porto deverá ser um elemento fundador
(e sobejas vezes subversivo), não só tecnológico, que aglutinará toda
esta estética. Daí Winepunk me parecer perfeitamente ajustado...
Vitor Frazão Hmm depois desta última bateria de respostas suspeito mais que nunca que Winepunk arrastará um rol de punks gastronómicos.
Rogerio Ribeiro Já
não falando do facto de, contrário à noção generalizada, não foram os
anos 70 a primeira revolução sexual, mas sim os anos 20. Agora imaginem
flapper girls no winepunk... eu já comecei a imaginar!
Rogerio Ribeiro E para quem não sabe o que são: http://en.wikipedia.org/wiki/Flapper
Vitor Frazão Suponho
que com a vantagem de não ter de lidar com a criese inflacionista de
1920-1921 ou com a Lei Seca que grassou os EUA de 1920 a 1933 (embora
esta última desse um pouco de charme à coisa):
Rogerio Ribeiro Como
já disse, Portugal também foi afectado pela Crise, ainda mais pelo
desastre que tinha sido a intervenção na I Guerra Mundial (o que, tendo
estagnado as exportações nacionais até signifca historicamente que o
Porto estava "afogado" em pipas de vinho que não tinham conseguido
escoar...)
Vitor Frazão Anton também pode ser. Afinal, se se pode recorrer a uma imaginação tão abrangente... Estava a pensar em produtos mais tugas.
Rogerio Ribeiro a fome grassava, e o Porto tinha sido assolado poucos anos antes por uma epidemia de Peste Negra...
Rogerio Ribeiro Já agora, Amp Rodriguez,
mais uma achega à necessidade de "fleuma nortenha": O Instituo Pasteur
do Porto tinha como nome oficial "Instituto Pasteur de Lisboa -
Delegação Norte"!
Vitor Frazão O
que disseste foi "as exportações de Vinho do Porto diminuiram
brutalmente devido à Grande Depressão". O que é verdade. Contudo a
Grande Depressão só acorreu em 1929. Aqui penso estarmos a falar antes.
Certo? Mas, sim, tirando esse pequeno pormenor tens razão. A miséria
grassava em Portugal durante esse período.
Rogerio Ribeiro tens toda a razão, o texto que li sobre o comércio do porto tinha uma gralha na data e nem processei...
Manuel Alves E,
é claro, também há que considerar as possíveis invenções que surgiriam
na Monarquia do Norte, para combater as forças republicanas, caso a
iniciativa monárquica tivesse realmente resistido durante anos e tivesse
tempo suficiente para que a necessidade aguçasse o engenho. É do
conhecimento geral que poucas coisas forçam o avanço da tecnologia como a
guerra. Oh, as maravilhosas descobertas que podiam ter sido feitas...
Vitor Frazão Claro.
Bastava que a pressão levasse a invenção de tecnologia que só surgiria
daí a 10 ou 15 anos. Por exemplo: nações estrangeira fazerem connosco o
que fizeram com Espanha durante a Guerra Civil.
Manuel Alves E,
no meio de toda essa necessidade criativa, imagine-se só uma das
inovações tecnológicas que surgiriam: a possibilidade de usar vinho como
fonte de energia.
Luis Filipe Silva Anton,
olha que eu nao disse que os vários punks se diferenciavam, mas que se
estava a olhar para o vinho *apenas* como fonte de energia, quando na
verdade o vinho é uma EXCELENTE oportunidade para falar sobre
totalitarismos de controlo social (por ser, ao contrario dos outros
punksismos, um alimento e nao mera tecnologia mecânica...)
João Ventura "pode-se
tirar etanol de todos os cereais que contenham amigo, ou seja, um
polisacarídeo.. Tipo batata e todos os cereais. Mas a uva é um fruto.
Logo não se pode retirar dela o etanol."
Oh João, então de onde achas que vem o vinho? E que álcool está contido no vinho? E aguardente de medronho? E cidra a partir de maçãs? Qualquer açucar (e a frutose é um deles) é convertível em álcool...
Oh João, então de onde achas que vem o vinho? E que álcool está contido no vinho? E aguardente de medronho? E cidra a partir de maçãs? Qualquer açucar (e a frutose é um deles) é convertível em álcool...
João Barreiros E
esse álcool tem potência suficiente para fazer mover um motor, uma
central termoeléctrica, um automóvel, um barco? E das duas uma. Ou os
vinhedos servem para um combustível fraco e ineficiente, ou servem para
fazer...vinho...e se servissem para fazer combustível, há duzentos anos
que o fariam...é a mesma coisa que dizer que os gregos, ao inventarem a
cerveja, serviram-se dela para mover a eolípila...
João Ventura João,
o álcool vem da destilação do vinho... O poder calorífico do etanol é
cerca de 62% da gasolina convencional (um e outro por kg)
João Ventura Já falei lá em cima que a conversa do plasma em relação às uvas é isso... conversa (IMHO)
Rogerio Ribeiro João Ventura,
não estou errado se resolver parte do problema pelo "yield" das
leveduras, certo? Pelo menos em termos de quantidade de combustivel
produzido...
Manuel Alves Cá
para mim, tenho que certas ideias não precisam de funcionar a 100% na
realidade; basta que funcionem na ficção se apoiadas em argumentos
relativamente válidos (ao ponto de aparentarem coerência lógica), mesmo
que seja necessário esticar um pouco as convenções (reais) do possível;
afinal, trata-se de ficção.
João Ventura As
leveduras, segundo penso, funcionam como catalizadores na transformação
dos açucares em álcool, não é? (Atenção que este eng. mec. não é nem
químico, nem biólogo...) Portanto se forem mais eficientes...
Vitor Frazão O
debate fez-me lembrar estar cena de "Thank you for smoking": Jeff
Megall: Sony has a futuristic sci-fi movie they're looking to make.
Nick Naylor: Cigarettes in space?
Jeff Megall: It's the final frontier, Nick.
Nick Naylor: But wouldn't they blow up in an all oxygen environment?
Jeff Megall: Probably. But it's an easy fix. One line of dialogue. 'Thank God we invented the... you know, whatever device.'
Nick Naylor: Cigarettes in space?
Jeff Megall: It's the final frontier, Nick.
Nick Naylor: But wouldn't they blow up in an all oxygen environment?
Jeff Megall: Probably. But it's an easy fix. One line of dialogue. 'Thank God we invented the... you know, whatever device.'
Carlos Silva As
leveduras são bastante eficientes a produzir alcool, o problema é que
são sensíveis a esse produto. A partir de uma cerca concentração é
impossível haver crescimento microbiano (felizmente, senão não dava para
desinfectar feridas com alcool).
A solução para aumentar o rendimento seria arranjar leveduras mais resistentes ao alcool ou fazer uma extracção in situ. Li há uns tempos uma fermentaçao que era feita ao mesmo tempo de uma destilação.
A solução para aumentar o rendimento seria arranjar leveduras mais resistentes ao alcool ou fazer uma extracção in situ. Li há uns tempos uma fermentaçao que era feita ao mesmo tempo de uma destilação.
Carlos Silva As
Sacharomices monarchica que sintetizam também compostos alucinogénicos
que provoca extrema adição pela primeira coisa que se vê (curiosamente
os rótulos do vinho têm a cara do rei) XD
Rogerio Ribeiro Carlos Silva, olha que vou aproveitar...
Amp Rodriguez Vitor Frazão,
conheces o "ditado" que diz que o fandom português, ao contrário dos
outros, não consegue interagir em termos de ideias/mundos para as
incrementar? Vocês provaram neste post que isso é falso porque, e dando
reconhecimento a quem de direito, vamos incorporar sugestões no que
tinhamos pensado para este Universo (na parte tecnologica). Daí algum
atarso nos posts de hoje. Aliás, desde o início que eu e a Jo Lima
sempre achámos que a força deste universo viria da imaginação dos
autores em reacção ao conceito. Senão seria um terreno estanque